Campos Altos
17h02 11 Setembro 2018
Atualizada em 25/10/2018 às 08h30

Em Campos Altos, automutilação entre jovens cresce e preocupa

Jovem, vítima do transtorno, conversou com a reportagem e contou o que passou.
Por Marcelo The Back - Jornalista - MTB: 0020754/MG
Marcelo The Back / TV KZ

A automutilação é o nome dado ao ato de provocar, por vontade própria, qualquer ferimento físico em si mesmo. O número de pessoas que sofrem com esse comportamento aumenta, a cada dia, através das redes sociais e pessoas que motivam a prática. O problema já virou tema de reunião em Campos Altos. Na segunda-feira (3), o secretário de Desenvolvimento Social, Emerson Silva (Pastor Emerson), organizou uma reunião para discutir o assunto. Vereadores, diretores das escolas municipais e estaduais, além de várias pessoas da sociedade estiveram presentes com objetivo de encontrar uma forma para ajudar aqueles que convivem com o problema.

 

Fernanda Graziela, de 18 anos, passou pelo trauma e hoje é exemplo para outros jovens que convivem com a agressão ao próprio corpo. “Eu conheci a automutilação, aos 14 anos, através das redes sociais, lá as pessoas diziam que o ato aliviava, que era uma válvula de escape para as dificuldades. A primeira vez, eu me cortei com uma tesoura após um problema na escola. Cortei os meus braços com vários tipos de lâminas e cheguei a pensar, até mesmo, em suicídio”, disse Fernanda. Ela contou à reportagem que sempre usava blusas para cobrir os braços e que seus pais não sabiam. A jovem ainda relatou como se livrou da automutilação. “Foi o amor de Deus que me fez enxergar que tudo que eu precisava só encontraria nele”, completou.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, em uma escola da cidade existem quatro casos. “É difícil precisar o número de casos na cidade pois é um problema sigiloso que envolve jovens, mas é pior do que a gente imaginava”, lamentou Pastor Emerson. Mais uma reunião foi marcada para esta terça-feira (11) e será às 19h na sede da Igreja Batista Manancial. 

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